- para uma bela curitibana
sonhando com um conto
(onde amei ser sem amado)
me levanto meio tonto
de um sono perturbado
tomo um café puro;
desperto meio ranzinza
no domingo, frio e duro,
o céu é triste e cinza
na memória, a lembrança
da noite mais vazia
frustrando minha esperança
de ter tua companhia
ainda vejo o teu semblante
na fumaça de um cigarro
e volto àquele instante
ao teu lado, no teu carro
o que aconteceu?
no compasso do tambor,
quase tudo era perfeito:
tua presença e o calor
acelerando no meu peito
(mas quis o destino
zombar de meus dias
me trazendo má sorte,
desengano e ironia)
me encantou tua formosura,
tua postura de princesa
tua alvíssima brancura
impregnada de beleza
em trajes de marujo
com listras de loucura
quis um beijo sujo
ganhar da boca pura
Sincero de cachaça
confessei minha paixão
e você, achando graça,
apenas disse não
ciente que não presto,
ardo em resignação
que meu desejo mais honesto
não te toca o coração
(mas sei que fiz o certo
e que nada foi em vão)
e partiste,
saindo sem alarme
levando consigo
teu belo charme
olhando pela janela,
passo sem rancor
na chuva de Curitiba,
uma tarde sem o amor
da mais linda donzela,
a mais charmosa flor
10 novembro 2006
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Um comentário:
perfeito! nós curitibanas somos assim mesmo...
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