se à vida destes nada,
ávida neste nada que és
destinada és a deste nada mais ser
--Juan Otoya
Sou poeta das horas incertas, momentos impróprios pra dizer o que, por engano, descobri.
se à vida destes nada,
ávida neste nada que és
destinada és a deste nada mais ser
--Juan Otoya
vem navegar, meu amor,
vem navegar!
sente a brisa mudando,
entende o recado que traz:
novos ares, outros cais,
noutros mares, a mesma paz
vem navegar, meu amor,
vem navegar!
não sem rumo, nem rota
pois quem não sabe aonde vai
está ancorado ao ponto de partida
boiando em inerte marouço
vem navegar, meu amor,
vem navegar!
que o vento está sempre favorável,
às vezes não na direção que queríamos
mas se a boa maré nos direciona
pra quer ir contra a correnteza?
vem navegar, meu amor,
vem navegar!
que a hora da partida é chegada,
velas abertas nos mastros
rumo ao destino escolhido
e escrito em mapas e astros
--Juan F de V Otoya
sempre leve nessa nave
o fundamental a teu mundo
tirando sempre lá do fundo
o que é apenas superficial
sempre leve essa nave,
pra que flutue portátil
não nômade nem volátil
apenas fácil de manobrar
--Juan Otoya