12 março 2008

"Elegia à eletiva"


deste aqueduto,
correram tantas águas;
sob estes arcos
escorreram tantas mágoas;

marco da minha cidade
parte da minha rotina
monumento sem idade
marcado em minha retina

um arco em minha íris
me traz boas memórias
de dias felizes e de noites de glória

mas o tempo passa
sem parar
sem levar
quem fica para trás
todo dia
cada ida
sem volta

elevou-se em mim uma angústia pelo que não há mais de ser

assim, sem saída para o que não tem fim,
busco numa estúpida elegia
o consolo da poesia
no reverso da saudade

a alegria verdadeira !
a lembrança ainda viva !
de toda sexta-feira
naquela eletiva !

Um comentário:

Martín L disse...

Juan, gracias por los comentarios. Sorprende que qsean de articulos escritos hace casi 1 año pero creo que eso también es Internet. Gracias nuevamente