Sobre a pedra polida do Arpoador
o pescador agradece entoando um canto
deixa palmas como oferenda singela
fita o mar prateado: espraiado manto
banha-se sem pressa nas marolas
filtra o corpo nas brumas salgadas
expurga na espuma as desventuras
(se vê no espelho com força sagrada)
emerge solene o marujo
tendo afundado as mágoas
tem em si a maior proteção:
o início do ciclo das águas
navega sereno seu barco
celebra igual todo ano
festeja, canta, agradece:
"Salve, rainha do oceano!"
--Juan Otoya
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